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Não quero ranhura em meu pobre coração,
Passo o tempo a protegê-lo com receio de despedaçar.
Com tantas precauções para não me machucar, pouco me relacionei e enfreitei a solidão...
De tanto medo que fiquei, me coloquei no alto de uma torre, quase inacessível.
De baixo me admiram mas não ousam chegar.
Como descer de lá e à terra me arriscar?
Sempre me vêem tão forte que buscam refúgio em mim.
Mas quando deito lágrimas, todos fogem e é uma decepção sem fim...
Lembro de que já disseram que me viam tão frágil como um fino cristal que dava medo de quebrar....
Busco porquês, queria entender melhor, pegar o fio da meada e chegar até à saída para assim me libertar dessa prisão.
Ainda estou no meio dessa estrada, da auto-compreensão.
Melhor deixar de lado esse medo medonho e libertar a minha alma.
Senão, um dia essa torre cai e vai ser grande o estrago...
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